sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Mulher Lanche por Giseli

Recebi da minha amiga Giseli que acompanha o blog Takeopariu, um texto sobre "mulher lanchinho". Adorei o texto dela é um ponto de vista diferente do que já foi dito, desde já te agradeço muito amiga.Bem espero que gostem também...




Amar!
(Florbela Espanca)

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...

É a partir deste belissímo soneto de Florbela Espanca que começo este post.
Será que como a poeta eu posso mesmo "amar" quem eu quero? Ou essa não é a posição que a sociedade machista e retógoda espera de mim? Exigem que eu me dê o "devido valor" e respeitar meus desejos e vontades não é o jeito de eu me dar o valor?
Após ter passado por uma péssima experiência de descobrir que "fui passada para trás", meu primeiro impulso foi maldizer aos quatro cantos a fulana que havia se "insinuado" (praticamente se esfregado na cara) do meu namo. Repetia para mim mesma, (acho que até para que me convencesse ) que pelo menos eu era a oficial e blá, blá, blá. Foi quando reparei e pensei a quem o "atraso de vida" respeitava mais?
  • Eu a namo, linda e meiga, mas totalmente inerte aos aconteceimentos entre ele e a fulana. Sem saber o que era feito pelas minhas costas.
  • Ou a dita "mulher lanche", que tinha conhecimento da minha existência, hábitos. A quem ele ele deixou bem claro as suas intenções
Cheguei a triste conclusão de que era ela, a "Mulher Lanche" , pois com ela era mais sincero do que comigo. E decidi que ao invés de culpar a fulana pelo meu problema, (já que ela nunca me prometeu, mesmo que subentendido, fidelidade), ia dedicar meus malsdizeres ao atraso de vida (Esse sim me devia fidelidade).
Eu ser "mulher lanche"? Não combina comigo, e não por machismo ou hipocrísia, mas porque eu gosto de namorar " cobertozinho de orelha e tals". E se por um acaso gostasse talvez não seria " mulher lanche", mas alguém seria meu lanchinho.

E viva a liberdade de escolha, mesmo que seja a menos convencional!!!



2 comentários:

Unknown disse...

Muito bom!!A Gisa como sempre mostrando o lado que ninguem quer ver... mto bom o texto!!Adorei o soneto...

Unknown disse...

Valeu Ve...obrigada, principalmente por respeitar os pontos d vista, adorei postar. Quem sabe virá proximas vezes...rsrsrs...Valeu Déia t adoro miga...rsrs

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